Dr. Maurício B. Dias - Ortodontista SBS Quadra 2 Ed. Empire Center sala 604. Brasília - DF Tel.: (61) 3323 22 20

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quinta-feira, 28 de abril de 2016

QUAL A IDADE CERTA PARA COLOCAÇÃO DE APARELHO DENTÁRIO ?



Não existe uma idade correta para o uso do aparelho dentário , pois há muitos fatores que podem determinar a necessidade de uma intervenção ortodôntica. É necessária uma avaliação criteriosa feita por um ortodontista para cada paciente, que vai avaliar a gravidade e a causa do desalinhamento. Um ortodontista é um dentista com formação adicional, que é especializado em alinhamento e endireitar os dentes.

A Associação Americana de Ortodontia recomenda que toda criança faça avaliação ortodôntica a partir dos 7 anos. Segundo especialistas, alguns tratamentos podem começar até antes, mas isso não é o mais comum.
 Quando a criança tem por volta de 5 a 7 anos normalmente não tem paciência para escovar os dentes e passar fio dental com o cuidado que é preciso ao usar aparelho. O aconselhável é, desde o surgimento dos primeiros dentes de leite na criança, fazer uma avaliação ortodôntica. Assim, é possível identificar se há uma má oclusão, e intervindo na hora certa, há uma enorme chance de sucesso no tratamento ortodôntico. Quanto antes for detectado o problema, melhor o prognóstico.

É na puberdade em que ocorre a calcificação dos ossos da face. Por volta dos 13 anos a união óssea já está praticamente completa. Aparelhos ortopédicos são ideais para serem usados nessa fase, pois eles vão agir principalmente na parte óssea do paciente, corrigindo problemas que na vida adulta somente através de cirurgia poderiam ser corrigidos .

Algumas crianças sofrem na escola por terem dentes tortos, grandes ou por faltar algum dente. Isso as motiva a pedir ajuda aos pais que automaticamente recorrem ao tratamento ortodôntico. A ajuda psicológica pode ser necessária para lidar com a autoestima ou com o bullying, mas, geralmente, não são problemas relacionados apenas coma colocação de aparelhos e sim dificuldades que já existiam antes. O aparelho muitas vezes se torna o canal por meio do qual a criança conseguirá expressar que o seu emocional não está bem.Se a criança já for tímida e sofrer com gozações, vale conversar com o profissional para que o tratamento não vire o problema em vez de ser a solução. Afinal, um aparelho extra oral – aquele que fica por fora da boca –, por exemplo, pode ser pior que o dente torto.

Nessas horas, o profissional deve ser bastante criterioso para definir o plano de tratamento, mas pode contar com a sensibilidade sobre a  autoestima do paciente. Acima de tudo, é preciso fazer o que for melhor para a criança, mas no caso de aparelhos extra orais, por exemplo, ela vai colaborar muito mais se tiver que usá-los apenas em casa, longe dos coleguinhas, mas cada caso é um caso.

Se o bullying for inevitável e a criança já contar que está sendo alvo de gozação, os pais devem ajudá-la a se expressar e a se defender. Vale sempre conversar antes de colocar o aparelho e explicar o que vai acontecer e porque é preciso usá-lo.

QUE TIPO DE APARELHO É O MAIS INDICADO EM CADA PERÍODO?
Crianças de um modo geral devem evitar aparelhos ortodônticos fixos. Eles são usados em casos muito específicos. Sendo então importante respeitar a fase que os ortodontistas chamam de “fase do patinho feio”, que ocorre durante a troca da dentição. Na qual uma intervenção errada pode levar à falta de espaço para os caninos permanentes irromperem.
Neste período devem-se ser usados aparelhos ortopédicos ( que podem ser removíveis ou fixos) que vão corrigir alterações presentes nos maxilares com o objetivo de readequarem o crescimento e desenvolvimento da maxila e mandíbula.  Para que quando a troca dos dentes estiver terminada, se necessário fazer uso de aparelho ortodôntico fixo ( quadrados metálicos ou de porcelana afixados nos dentes com uma canaleta no centro para passagem de um fio) que tem como objetivo posicionar corretamente os dentes e como uma engrenagem perfeita o que resulta em uma dentição esteticamente mais favorável.






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terça-feira, 19 de abril de 2016

MAU HÁLITO




O mau hálito ou Halitose atinge cerca de 30% da população brasileira, ainda assim suas causas são pouco conhecidas pela maioria das pessoas que não sabem que com algumas mudanças de hábitos pode-se reduzir-se em muito os odores provenientes da boca, os quais causam muitas vezes constrangimento ou situações embaraçosas.

Para acabar com as dúvidas a respeito deste assunto e com o mau cheiro na boca foram separados alguns dos principais causadores de mau hálito e em seguida dicas de como resolvê-los.

1)Má alimentação-  As papilas linguais devido ao seu formato irregular acumulam uma grande quantidade de micro-organismos que dependendo do tipo de alimento ingerido fermentam os restos alimentares  os quais irão liberar odores desagradáveis.

2) Jejum Prolongado-  Períodos longos sem a ingestão de alimentos podem causar mau hálito devido à diminuição do fluxo salivar.  A saliva possui a propriedade de elevar o PH bucal diminuindo a fermentação dos alimentos.

Também em pessoas que tem por hábito “pular” uma refeição o acúmulo de suco gástrico pode gerar gazes que escapam pela  boca, causando o mau hálito.
3) Higiene Oral-  Se não for feita adequadamente, a placa bacteriana se prolifera e ocorre um aumento do mau hálito. Uma boa higienização com fio dental e escova de dentes é fundamental para acabar com esse problema.
É bom lembrar de escovar a língua, pois as papilas devido ao seu formato irregular acumulam placa bacteriana.

4) Baixo Fluxo Salivar– Pacientes que possuem pouca salivação tem maior tendência à apresentar mau hálito. Isso porque além de ter a propriedade de elevar o Ph bucal a saliva “lava” a boca. Nestes casos pode-se tentar tratar o baixo fluxo salivar com modificações na dieta incluindo alimentos que aumentem a salivação. Sendo que alguns casos mais severos pode-se lançar mão de lubrificantes orais.


5) Diabetes– pacientes com essa doença podem apresentar alterações na fisiologia oral, interferindo na flora bacteriana bucal. “Em um estágio muito elevado da doença, o paciente com a cetoacidose diabética, produzindo o que se chama de hálito cetônico, que é o mau hálito destes casos.

6) Prisão de Ventre-  Quando ficamos muito tempo com o intestino preso, um pedaço do bolo fecal é absorvido pelo nosso organismo. Esse procedimento pode gerar  gases  que acabam  escapando pela boca, deixando apenas o gosto ruim.
7) Problemas Estomacais– Quanto a pessoa não tem uma boa digestão, as enzimas não conseguem fazer o processamento e isso pode causar refluxo de gases e o mau hálito.

8) Doenças Bucais-  Úlceras bucais, como afta e herpes, também estão entre as causas de mau hálito, podendo-se incluir lesões mais graves como inflamações, tumores benignos ou câncer.

9) Medicamentos– Alguns remédios como antidepressivos deixam a boca seca, aumentando a propensão ao problema, por isso deve-se conhecer os efeitos colaterais do medicamento antes de usar.

10) Estresse– As emoções cooperam com o surgimento do mau hálito de forma secundária. Pois pessoas estressadas se alimenta mal e não realiza uma boa higienização.

11) Amigdalites– Pessoas que possuem dores de garganta frequentes  apresentam odores bucais provenientes das placas de pús que ficam aderidas na superfície das amígdalas.

12) Respirar Pela Boca- Pessoas tem por hábito respirar pela boca por algum motivo causa uma diminuição do fluxo salivar promovendo a proliferação de micro-organismos que irão compor a placa bacteriana. Nesses casos um Otorrinolaringologista deve ser consultado.



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quinta-feira, 14 de abril de 2016

DORES DE CABEÇA E A ODONTOLOGIA




Enxaqueca, dor de cabeça ao acordar, muita gente sofre com esses problemas ao longo dos anos e não acha uma solução...


Como se sabe a dor de cabeça pode ter muitas origens, todavia, a grande maioria das dores, são de origem muscular ou vascular. Apesar de difícil identificação das causas, as dores nevrálgicas e vasculares são tratadas quase que exclusivamente por médicos. Já as dores tensionais não são tratadas (ás vezes somente com analgésicos, com objetivo de relaxar a musculatura). As dores musculares são originadas pelo fato da pessoa manter a musculatura contraída por tempo prolongado, geralmente ocasionada pela tensão emocional.


Como não há nevralgias ou inflamações as pessoas não associam a dor de cabeça aos dentes aparentemente saudáveis. No entanto, aí pode estar escondida a causa do problema. Segundo estudo apresentado no Congresso da Academia Americana de Cefaleia, 80% das pessoas com enxaqueca apresentavam algum tipo de DTM - disfunções temporomandibulares. Para se ter uma ideia, o Brasil está na lista dos cinco países que mais sofre com cefaleia (dor de cabeça), de acordo com pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina, e muitos deles podem ser relacionados com estas disfunções e o problema atinge pelo menos três vezes mais as mulheres.


As DTMs (disfunções temporomandibulares) são alterações patológicas relacionadas à articulação temporomandibular (ATM), que articula o crânio e a mandíbula, elas podem se apresentar como dores de cabeça,  pressão atrás dos olhos, estalidos ou sensação de desencaixe ao abrir ou fechar a boca  sensação de cansaço dos músculos da face e até dores nas costas.



Tem-se notado que a má posição dental, falta de dentes posteriores, bruxismo, briquismo e mordidas cruzadas provoca uma alteração na posição da mandíbula, forçando a Articulação Temporo-Mandibular (ATM) e músculos da mastigação e posturais da cabeça, levando assim, à dores de cabeça.

Depois da identificação da(s) causa(s) pode-se recomendar como meio de tratamento a colocação de próteses para reabilitar a mastigação e altura da dimensão vertical (altura determinada pelo contato correto dos dentes superiores com os inferiores) e para que a mastigação ocorra dos dois lados. No caso de desdentados totais, trocas periódicas (no máximo a cada cinco anos) das próteses, para reaver a dimensão vertical correta, perdida pela reabsorção óssea.
Tanto o bruxismo (ranger dos dentes), como o briquismo (apertar os dentes), a má oclusão e a mordida cruzada forçam e sobrecarregam o músculo, tendo como consequência a tensão muscular que culmina na dor de cabeça mais concentrada na região temporal, que fica entre o fim das sobrancelhas e o ouvido.

Para as pessoas que rangem ou apertam os dentes o controle geralmente é feito com o uso de placas miorelaxantes, com o abandono de hábitos como mascar chicletes, apoiar as mãos no queixo, morder lápis e segurar o telefone com o ombro, intervenção na postura do paciente através de fisioterapia, e terapias com ultrassom e laser, são algumas soluções propostas.

Já nos casos de mordida cruzada ou fechamento incorreto da boca, possivelmente será indicado o uso de aparelhos ortodônticos ou ortopédicos para correção do posicionamento das arcadas.

Com estas terapias tem-se notado melhora em cerca de 80% dos pacientes com dores de cabeça de origem tensional, sendo que os casos mais simples são resolvidos em aproximadamente duas semanas, casos moderados em seis meses e nos casos mais complexos como os de mordida cruzada ou dentes mal posicionados pode levar até dois anos e meio.


Você deve marcar uma consulta se...


- Você sente dor, dificuldade ou ambas ao abrir a boca

- Sua mandíbula fica “presa”, “travada” ou sai do lugar?

- Você tem dificuldade, dor ou ambas ao mastigar, falar ou usar seus maxilares?

- Você percebe ruídos na articulação de seus maxilares?

- Seus maxilares ficam rígidos, apertados ou cansados com regularidade?

- Você tem dor nas orelhas ou em volta delas, nas têmporas e bochechas?

- Você tem cefaleia, dor no pescoço ou nos dentes com frequência?

- Você sofreu algum trauma recente na cabeça, pescoço ou maxilares?

- Você percebeu alguma alteração recente na sua mordida?

- Você fez tratamento recente para um problema não-explicado na articulação mandibular?


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terça-feira, 12 de abril de 2016

TIREOIDE E ORTODONTIA




Se ela não trabalha direito, você vários você pode apresentar vários problemas durante o tratamento ortodôntico...

A tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) e a calcitonina. Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
O número de casos diagnosticados com distúrbios da tireoide tem aumentado a cada ano. Em parte isso se explica à crescente atenção que médicos e ortodontistas tem dado ao problema e aos avanços nos exames.
Uma das respostas destes distúrbios estaria no consumo excessivo de iodo. Uma das matérias primas dos hormônios tireoidianos. Tanto o excesso como a falta deste mineral prejudica a formação dos hormônios. No passado os casos de uma doença que causava o excesso de iodo pode fazer com que a glândula passe a ser reconhecida como um corpo estranho para o sistema imune, que envia anticorpos para atacá-la. Esta seria a causa de uma doença autoimune chamada de Doença de Hashimoto, a principal causa do hipotireoidismo, que é a diminuição da quantidade de hormônios tireoidianos.
Já o hipertireoidismo, é uma desordem em que a glândula fabrica mais hormônios do que a necessidade do corpo. Sendo suas principais causas a Doença de Graves, que é uma doença auto imune na qual o organismo fabrica um anticorpo que causa a produção exagerada do hormônio. Outra causa, seria a presença de nódulos na tireoide .
Em ortodontia, as alterações nos hormônios tireoidianos podem vir a contribuir para o surgimento de más oclusões e também dificultando o andamento de tratamentos em curso.
A diminuição ou o excesso destes hormônios, influenciam o tempo de permanência dos dentes de leite na boca. Sua diminuição precoce ou retenção são fatores há muito tempo conhecidos para o surgimento de problemas ortodônticos.
Para a realização do movimento ortodôntico aplicam-se forças que imprimem no periodonto (tecidos que sustentam os dentes), tensão e/ou pressão, o que torna possível a movimentação dentária . A resposta à força aplicada será influenciada dentre outros fatores pelas condições metabólicas do organismo que são reguladas em grande parte por hormônios , dentre eles os tireoidianos. Os quais, influenciam na velocidade de remodelação do tecido ósseo.
Em pacientes que apresentam hipertireoidismo, ocorre uma aceleração de todas as fases da remodelação óssea, levando a uma diminuição de osso presente. Esta condição pode resultar em um quadro de osteoporose. O que, pode obrigar ao clínico a uma revisão de seu plano de tratamento, fazendo com que ele aplique forças mais suaves e busque uma simplificação do tratamento ortodôntico.
Nestes pacientes, uso de forças intensas para movimentação ortodôntica resultará em reabsorções externas das raízes dos dentes o que pode comprometer a estabilidade do tratamento e até mesmo a manutenção dos dentes na boca.
Já no caso, de hipotireoidismo, a diminuição das taxas metabólicas resultam em baixa movimentação dentária frente à força ortodôntica aplicada, o que causará um aumento significativo do tempo de tratamento.
O diagnóstico para os distúrbios da tireoide é conseguido através de um exame de sangue simples. Nele estarão contidos a quantidade de hormônios tireoidianos circulantes presentes no organismo.
O tratamento do hipotireoidismo é provavelmente um dos mais gratificantes pois é prático, tem baixo custo, controla totalmente os sintomas, não interage com outros medicamentos e não apresenta efeitos colaterais se estiver nas doses corretas. Consiste em uma tomada diária de um comprimido com T4 cuja dosagem será orientada pelo endocrinologista conforme os resultados dos exames que deverão ser realizados em intervalos que variam de 2 a 6 meses. O único inconveniente é que o tratamento deve ser mantido por toda a vida para prevenir a volta dos sintomas e o aumento da tireoide.

Já, o tratamento do hipertireoidismo pode ser feito de três formas: medicamentos, iodo radioativo e cirurgia. A maioria dos tratamentos se inicia com medicamentos e, se houver intolerância, alergia ou efeitos colaterais graves deve ser indicado o iodo radioativo ou a cirurgia. Há tratamentos que podem se iniciar diretamente com o iodo radioativo. A cirurgia para o hipertireoidismo geralmente está reservada para casos em que a tireoide está muito aumentada ou há uma contraindicação para o iodo radioativo. Após o tratamento, pacientes com hipertireoidismo podem curar ou evoluir para um quadro de hipotireoidismo. nestes casos a reposição hormonal também será necessária para regulação do hormônio circulante.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

AFTAS E TRATAMENTO ORTODÔNTICO




Aftas são pequenas úlceras dolorosas que aparecem na 
mucosa da cavidade bucal. Seu aspecto é de uma mancha esbranquiçada redonda com uma auréola avermelhada. Aparecem com mais frequência no interior dos lábios, bochechas, língua, sendo mais raros na garganta.

A maior parte das pessoas já apresentou alguma afta ao menos uma vez na vida. E, em pelo menos 20% da população sofre com aftas recorrentes.
Elas são mais comuns em mulheres e em jovens do que em adultos, visto que, sua incidência diminui com o avanço da idade.

Embora não tenham consequências graves, as aftas são muito dolorosas e podem atrapalhar atividades simples como falar, comer e beijar.
As aftas podem vir ainda acompanhadas de inchaço e de linfonodos no pescoço (ínguas) e por vezes, de febre baixa e mal estar.

Elas podem aparecer isoladas ou em grupo. As menores e mais comuns são menos agressivas, e, desaparecem em 1 ou 2 semanas, sem deixar maiores sequelas. 

Algumas aftas de tamanho maior e mais profundas demoram mais tempo para desaparecerem. Podendo em alguns casos, deixar cicatrizes.

A língua, a parte interna das bochechas e os lábios são formadas por um tecido chamado de epitélio. Embora ele seja mais fino e com menos camadas ele é bastante semelhante à pele.

Este epitélio da mucosa oral, protege os tecidos e órgãos internos da boca. Ele se encontra isolado do interior do organismo por uma camada chamada de membrana basal.

Logo abaixo do epitélio situa-se um dos principais tecidos do corpo humano: o tecido conjuntivo. É neste tecido que encontram-se os vasos sanguíneos, nervos, músculos, ossos, sendo ele, um dos grandes responsáveis pelo sistema imunológico.

As células epiteliais da boca possuem semelhanças em suas membranas celulares com algumas espécies de bactérias que residem na cavidade bucal.

O sistema imunológico está sempre alerta, e ,diariamente produz anticorpos e substâncias contra bactérias que porventura penetrem no tecido conjuntivo.
Dito isso, no caso de ocorrem agressões ou peque-nos traumatismos que causem micro ulcerações que causem exposição do tecido conjuntivo, o sistema imunológico pode vir a reconhecer as células epiteliais como agentes bacterianos invasores e enviará mecanismos de defesa contra elas. As células epiteliais uma vez atacadas, entrarão em um processo de necrose, o que , ampliará estas pequenas ulcerações, dando origem então as aftas.

Este processo cessa, quando depois de 3 a 5 dias, o sistema imunológico reconhecer de uma forma mais refinada que esta células não são agentes agressores. Os brackets (peças do aparelho coladas ao dente), arcos e demais componentes do aparelho, uma vez instalados na boca, podem vir a causar micro traumatismos nos lábios, bochechas, língua, o que explica porque as aftas ocorrem em alguns pacientes, algumas semanas após a instalação do aparelho ortodôntico.

Com o passar do tempo, haverá uma adaptação estrutural da mucosa bucal, que aumentará a espessura do epitélio, tornando-o mais resistente ao surgimento de novas aftas na região.

Em alguns casos, as aftas são mais recorrentes devido a fatores que causam uma diminuição das camadas epiteliais, o que facilitaria o rompimento da membrana basal. Estes fatores estão ligados à:

●Deficiências nutricionais como a baixa ingestão de vitamina B ou ferro (anemias),
●Efeitos colaterais pelo uso de antiinflamatórios
●Alterações hormonais que modifiquem o metabolismo ou, em decorrência do ciclo menstrual.
●Refluxo gastro-esofágico, devido à acidez do suco gástrico.
●Cremes dentais que contenham sódio-lauril-sulfato
●Estresse psicológico
●Doenças autoimunes como Lúpus Eritematoso e AIDS.

TRATAMENTO:
Como a afta costuma normalmente durar até 2 semanas, os tratamentos existentes dividem-se em aliviar os sintomas dos que aceleram a reparação. O Alívio da dor é conseguido com o uso de pomadas anestésicas normalmente a base de xilocaína. Enquanto que, para a aceleração da reparação são usados cremes e pomadas que possuem corticóides e antiinflamatórios em sua fórmula.

PREVINA-SE:
●evitar alimentos perfurantes como abacaxi, cascas de pão, pipoca e outros.
●Alimentos ácidos.
●higiene bucal delicada, evitando movimentos bruscos da escova sobre mucosa oral
●Verificar se o paciente abandonou o vício de fumar, já que a fumaça do cigarro um aumento da espessura do epitélio.


terça-feira, 5 de abril de 2016

PORQUE O APARELHO ORTODÔNTICO DÓI





Não existem duas pessoas iguais. Embora isso faça com que a diversidade torne a raça humana mais interessante, pode ser mais difícil para quem trabalha com pessoas. Isso porque, os indivíduos reagem de formas diferentes ao mesmo tratamento. Em ortodontia, vemos claramente que alguns dentes são muito mais fáceis de movimentar do que outros. Alguns pacientes são mais sensíveis à dor, alguns mais resistentes.

Estudos mostram que a dor e o desconforto atingem praticamente todos os pacientes submetidos ao tratamento ortodôntico, talvez de maneira muito mais intensa do que imagina a maioria dos ortodontistas.

A dor é subjetiva, e pode ser influenciada por vários fatores, tais como, o fator emocional, experiências passadas e a própria motivação do paciente durante o tratamento ortodôntico, podendo variar no mesmo paciente em momentos diferentes do tratamento.

A sintomatologia dolorosa, surge após as consultas de ajustes do aparelho ortodôntico.

O baixo fluxo de sangue e compressão das fibras nervosas na região da raiz dos dentes ocasionado pela pressão dos aparelhos desencadeiam uma reação inflamatória que irá resultar em uma remodelação óssea na região que está sendo pressionada. A região do osso que está comprimida, é reabsorvida com o intuito de aliviar a pressão na área, devolvendo a normalidade aos tecidos de suporte do dentes, e, tem como consequência a movimentação dentária.

Os desconfortos experimentados pelos pacientes após a colocação do aparelho são frequentemente descritos como sensações de pressão, tensão e dores nos dentes, podendo variar para cada pessoa.

Em geral, a sensibilidade tem início após 12 horas da consulta, durando por mais 36 horas. Após este período a sensibilidade diminui até se extinguir. Sentir algum desconforto é normal, mas passar três dias tomando sopa e sorvete é um sinal de alerta. Nesse caso, o paciente deve consultar novamente seu ortodontista.

A sensação de dor não significa eficiência no tratamento ortodôntico. Muitos pacientes, de forma equivocada, relacionam o desconforto provocado por uma aplicação de forças mais intensas , as quais comprimem demais os vasos e nervos do ligamento que une os dentes aos ossos com uma movimentação mais rápida. 

Na verdade, o que irá ocorrer é um atraso no tratamento, já que esta compressão exagerada irá causar uma interrupção da circulação sanguínea no local, causando a morte dos tecidos em volta do dente, fazendo com que surjam aquilo que os ortodontistas chamam de área hialina.

Áreas de hialinização são locais nos tecidos de suporte dentário que primeiro terão que ser renovados para que depois a movimentação ocorra.

Dor resultante da hialinização, que interrompe a circulação do sangue pode causar danos mais sérios do que simplesmente atrasar o tratamento. Quanto maior for agressão, maior será o dano nas estruturas. Não sendo raro os casos nos quais ocorrem reabsorções em partes das raízes dos dentes. Dessa maneira, a necessidade de se respeitar os intervalos entre as consultas que normalmente variam de 21 a 60 dias. Se as visitas ao consultório forem em períodos mais curtos, é bem provável que seja ultrapassado o limite de força que os tecidos de suporte dos dentes suportem.

Sempre que o ortodontista emprega um aparelho fixo para movimentar os dentes, é gerada uma força de atrito entre o fio ortodôntico e os brackets.  O atrito ou fricção pode ser definido como a força que impede ou retarda o deslizamento de dois objetos em contato, quando estes são forçados a deslizar um sobre o outro que neste caso seria o bracket e o fio ortodôntico.

Os aparelhos ortodônticos tradicionais se utilizam de um percentual de força mais elevada para rompimento do atrito, o que acarreta uma maior sensibilidade por parte do paciente.

A preocupação com a obtenção de um tratamento em que haja uma baixa fricção colaborou para a revolução que os brackets auto-ligáveis vem trazendo para a Ortodontia. Inúmeros trabalhos tem demonstrado a grande redução no atrito que os brackets auto-ligáveis representam, quando comparados a brackets convencionais presos com ligaduras elásticas.

Outro fator que está intimamente ligado ao aumento da  percepção de dor é a higiene praticada pelo paciente durante o tratamento ortodôntico. Gengivas inflamadas causam gengivite  e periodontite, duas das mais frequentes doenças que acometem os tecidos de suporte dentário. Em função da inflamação já presente, quando o ortodontista fizer a ativação do aparelho esta inflamação se somará a causada pela movimentação ortodôntica, aumentando assim a sensibilidade do paciente ás forças ortodônticas.

Uma boa higiene bucal é condição essencial para um tratamento ortodôntico mais rápido e com menos sensibilidade. Visto que, o paciente que não tem uma boa higiene deverá paralisar o tratamento ortodôntico até que suas gengivas estejam saudáveis para dar prosseguimento a ele.

A idade é uma outra condição que afeta a sensibilidade dos pacientes em tratamento. Isso deve-se ao fato de que na medida em que envelhecemos as respostas do nosso organismo ficarem mais lentas. Assim, a força aplicada para movimentação dos dentes demora mais para ser dissipada pois a remodelação óssea ocorre de forma mais devagar, em função disso também deve-se aplicar forças mais suaves nestes pacientes.

O uso de medicamentos para dar alívio à dor causada pela movimentação ortodôntica ainda não é consenso  entre os ortodontistas. visto que, os dentes movem-se através dos ossos devido à uma reação inflamatória localizada no periodonto causada pela força aplicada nos brackets.  O uso de analgésicos e anti-inflamatórios além de diminuir a dor, podem também reduzir a movimentação já que com a diminuição da inflamação a remodelação óssea e consequentemente a movimentação também seriam diminuídas.

Estando então o uso de medicamentos somente indicado para os casos nos quais  os pacientes apresentarem um  limiar de dor muito baixo.

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