Dr. Maurício B. Dias - Ortodontista SBS Quadra 2 Ed. Empire Center sala 604. Brasília - DF Tel.: (61) 3323 22 20

terça-feira, 29 de março de 2016

QUANTO TEMPO VOU FICAR COM O APARELHO?



Esta é uma pergunta que ouço de praticamente todos os meus pacientes...




Junto à pergunta seguem relatos de tratamentos que duram cinco, seis ou mesmo sete anos. Isso mesmo. Algumas pessoas chegam a ficar oito anos em tratamento.
Isto não é o corriqueiro, sendo o tempo de tratamento  varia de 18 a 36 meses.
A duração exata do tratamento é de difícil previsão pois depende de fatores que vão  das distâncias dos dentes precisam ser movidos, os objetivos do tratamento, o tipo de técnicas empregadas, da cooperação do paciente e de sua saúde bucal e geral.

Nenhum tratamento ortodôntico é igual ao outro, assim como não há dois seres humanos iguais.

O mais importante de se ter em mente quando se inicia um tratamento é a máxima: "a pressa é inimiga da perfeição". É a mais pura verdade. Normalmente a pressa em se terminar um tratamento resulta, no mínimo, em falta de acabamento no caso e algum nível de reabsorção radicular.

O acabamento é o refinamento do caso. É a fase em que o ortodontista faz movimentações mínimas para atingir a posição exata e precisa de cada dente, trabalham-se as inclinações das raízes e o engrenamento da oclusão. Essa fase é importante porque, muito além da questão estética, contribui para evitar recidivas. As inclinações, especificamente, são de extrema importância para a estabilidade pós-tratamento. Já a questão das reabsorções é mais complicada: além de serem irreversíveis, podem levar à perda do dente. Essas reabsorções são relativamente comuns no tratamento, em pequenos graus. Quando a força utilizada para a movimentação é exagerada, as reabsorções se tornam maiores e problemáticas.

Outro fator de importância é a idade do paciente. Jovens têm o metabolismo mais acelerado, os tecidos mais vascularizados e flexíveis, então é de se esperar que a movimentação dentária desses pacientes seja mais fácil e rápida.
A primeira fase do tratamento com aparelhos fixos é a de nivelamento e alinhamento, e ela dura em média 8 meses.

A segunda fase, fechamento de espaços e correção da relação molar, que é feita para fechar espaços de extrações que foram realizadas dura em média 9  meses.
A terceira fase, finalização, o dentista individualiza o tratamento com aparelho ortodôntico para buscar os melhores resultados de acordo com o paciente. Essa última fase demora em média 10 meses.

Em pacientes jovens que necessitam de  tratamentos  preventivos ou interceptativos têm um tempo variado de uso de aparelhos já que seu tratamento depende do crescimento e desenvolvimento da face, do uso correto dos aparelhos  pelo paciente e da gravidade da má oclusão. Sendo necessário muitas vezes um tratamento em dois estágios de desenvolvimento da dentição.

O primeiro estágio durante o período em que os dentes de leite e dentes permanentes coexistem na boca, onde mais do que alinhar dentes busca-se guiar o desenvolvimento dos ossos da face, enquanto ocorre a troca dos dentes.

 O segundo estágio, ocorre quando os dentes permanentes já estão todos na boca, e o tratamento, tem então, como objetivo adequar o posicionamento e tamanho dos dentes com os ossos  finalizando o tratamento.

Outro aspecto importante para que o tratamento não dure mais do que o devido é a colaboração dos pacientes que devem comparecer às consultas, mantendo os dentes e gengivas bem higienizados, já que a inflamação dos tecidos em torno do dente resultam em uma diminuição da movimentação dentária, podendo também provocar perdas ósseas e retrações gengivais que irão expor  uma parte das raízes o que pode resultar em movimentações dentárias indesejadas, pois com menos tecidos para suportar os dentes, estes possuem uma tendência maior a movimentos de inclinação não desejados.

A colaboração dos pacientes em evitar quebras dos componentes do aparelho dentário, é um dos aspectos mais importantes para que o paciente não prologue o tratamento. Visto que, normalmente elas impedem a progressão do tratamento já que o ortodontista se vê impossibilitado de  inserir um fio mais calibroso ou de outra liga metálica, pois normalmente não consegue colar os componentes novos no exato local dos que foram quebrados, sendo necessário então, um novo nivelamento do dente no qual houve a quebra do componente com um fio de calibre mais fino.


COISAS QUE VOCÊ PODE FAZER PARA TORNAR O TRATAMENTO MAIS RÁPIDO:

· Em caso de quebra do aparelho, telefone imediatamente para o ortodontista.
· Não utilize palitos. Eles podem danificar o aparelho.
· A partir do momento que se coloca aparelho fixo, o paciente não deve mais utilizar os dentes anteriores (da frente) para cortar alimentos (maçã, cenoura, churrasco, sanduíches, etc.).
· Evite alimentos que tenha muita fibra (abacaxi, manga, cana-de-açúcar, etc.). Podem-se fazer sucos com eles.
· Evite alimentos pegajosos (chiclete, bala de goma, caramelo, torrone, etc.), ou duros (pé-de-moleque, rapadura, amendoim, castanhas, nozes, pistache, etc.);
· Escove os dentes imediatamente após as refeições com a escova de dentes e a interdental, e utilize o fio dental com o auxílio  da “agulha” passa-fio.
· A frequência no uso do aparelho e as datas marcadas para o ajuste são importantes para determinar o tempo de tratamento. Portanto, não deixe de consultar.










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