Dr. Maurício B. Dias - Ortodontista SBS Quadra 2 Ed. Empire Center sala 604. Brasília - DF Tel.: (61) 3323 22 20

terça-feira, 12 de abril de 2016

TIREOIDE E ORTODONTIA




Se ela não trabalha direito, você vários você pode apresentar vários problemas durante o tratamento ortodôntico...

A tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) e a calcitonina. Dessa forma, garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional.
O número de casos diagnosticados com distúrbios da tireoide tem aumentado a cada ano. Em parte isso se explica à crescente atenção que médicos e ortodontistas tem dado ao problema e aos avanços nos exames.
Uma das respostas destes distúrbios estaria no consumo excessivo de iodo. Uma das matérias primas dos hormônios tireoidianos. Tanto o excesso como a falta deste mineral prejudica a formação dos hormônios. No passado os casos de uma doença que causava o excesso de iodo pode fazer com que a glândula passe a ser reconhecida como um corpo estranho para o sistema imune, que envia anticorpos para atacá-la. Esta seria a causa de uma doença autoimune chamada de Doença de Hashimoto, a principal causa do hipotireoidismo, que é a diminuição da quantidade de hormônios tireoidianos.
Já o hipertireoidismo, é uma desordem em que a glândula fabrica mais hormônios do que a necessidade do corpo. Sendo suas principais causas a Doença de Graves, que é uma doença auto imune na qual o organismo fabrica um anticorpo que causa a produção exagerada do hormônio. Outra causa, seria a presença de nódulos na tireoide .
Em ortodontia, as alterações nos hormônios tireoidianos podem vir a contribuir para o surgimento de más oclusões e também dificultando o andamento de tratamentos em curso.
A diminuição ou o excesso destes hormônios, influenciam o tempo de permanência dos dentes de leite na boca. Sua diminuição precoce ou retenção são fatores há muito tempo conhecidos para o surgimento de problemas ortodônticos.
Para a realização do movimento ortodôntico aplicam-se forças que imprimem no periodonto (tecidos que sustentam os dentes), tensão e/ou pressão, o que torna possível a movimentação dentária . A resposta à força aplicada será influenciada dentre outros fatores pelas condições metabólicas do organismo que são reguladas em grande parte por hormônios , dentre eles os tireoidianos. Os quais, influenciam na velocidade de remodelação do tecido ósseo.
Em pacientes que apresentam hipertireoidismo, ocorre uma aceleração de todas as fases da remodelação óssea, levando a uma diminuição de osso presente. Esta condição pode resultar em um quadro de osteoporose. O que, pode obrigar ao clínico a uma revisão de seu plano de tratamento, fazendo com que ele aplique forças mais suaves e busque uma simplificação do tratamento ortodôntico.
Nestes pacientes, uso de forças intensas para movimentação ortodôntica resultará em reabsorções externas das raízes dos dentes o que pode comprometer a estabilidade do tratamento e até mesmo a manutenção dos dentes na boca.
Já no caso, de hipotireoidismo, a diminuição das taxas metabólicas resultam em baixa movimentação dentária frente à força ortodôntica aplicada, o que causará um aumento significativo do tempo de tratamento.
O diagnóstico para os distúrbios da tireoide é conseguido através de um exame de sangue simples. Nele estarão contidos a quantidade de hormônios tireoidianos circulantes presentes no organismo.
O tratamento do hipotireoidismo é provavelmente um dos mais gratificantes pois é prático, tem baixo custo, controla totalmente os sintomas, não interage com outros medicamentos e não apresenta efeitos colaterais se estiver nas doses corretas. Consiste em uma tomada diária de um comprimido com T4 cuja dosagem será orientada pelo endocrinologista conforme os resultados dos exames que deverão ser realizados em intervalos que variam de 2 a 6 meses. O único inconveniente é que o tratamento deve ser mantido por toda a vida para prevenir a volta dos sintomas e o aumento da tireoide.

Já, o tratamento do hipertireoidismo pode ser feito de três formas: medicamentos, iodo radioativo e cirurgia. A maioria dos tratamentos se inicia com medicamentos e, se houver intolerância, alergia ou efeitos colaterais graves deve ser indicado o iodo radioativo ou a cirurgia. Há tratamentos que podem se iniciar diretamente com o iodo radioativo. A cirurgia para o hipertireoidismo geralmente está reservada para casos em que a tireoide está muito aumentada ou há uma contraindicação para o iodo radioativo. Após o tratamento, pacientes com hipertireoidismo podem curar ou evoluir para um quadro de hipotireoidismo. nestes casos a reposição hormonal também será necessária para regulação do hormônio circulante.
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