Existe uma grande variedade de escovas de dentes no mercado, com marcas, tamanhos e formatos diferenciados, e todas dizem que são as mais recomendadas pelos dentistas. Afinal todos devem usar as mesmas escovas de dentes? Que características você deve procurar em uma escova para considerá-la boa? E quais cuidados devemos ter com elas?
Comprar uma escova de dentes parece uma tarefa fácil de fazer. Mas, diante de tantos modelos que existem em supermercados e farmácias, fica difícil a escolha correta pelo consumidor, que se não tomar cuidado, pode vir a ter os dentes e a gengiva prejudicados.
O primeiro ponto a ser observado é que existe uma escova de dentes apropriada para cada idade. A escovação deve ter início da erupção do primeiro dentinho de leite no bebê com escova infantil e de cerdas extra macias com um cabo que permita um bom apoio para o adulto que irá fazer a escovação.
Antes da erupção dos dentes de leite a boca e a gengiva do bebê já deverão ser limpas com a ponta de uma fralda ou com gaze embebida em água oxigenada. Os hábitos de higiene, aprendidos quando criança, serão levados para a vida adulta.
A partir dos três anos, a criança gosta, ela mesma, de fazer a escovação; neste caso deve ser usada uma escova com a cabeça pequena, cerdas macias que tenha uma proteção no longo eixo do cabo, para evitar acidentes; um adulto, entretanto, deve complementar a escovação.
Quando chega os sete anos, a criança quase sempre já consegue realizar a escovação sozinha, embora deva ainda ter o acompanhamento de um adulto.
Na medida em que crescemos a escova que deve-se procurar não se parece muito com as que aparecem em propagandas com muitas novidades ou um apelo tecnológico maior
A escova deve ter como características cabeça pequena, cerdas extra-macias com pontas arredondadas , tufos concentrados e de mesma altura( a não ser quando do uso de aparelhos ortodônticos fixos), plástico transparente e cabo reto, de preferência emborrachado, as escovas de cabos flexíveis devem ser usadas por quem escova com muita força, já que parte desta força é aliviada pela flexão do cabo da escova..
Para uma boa escovação, além dos dentes, é necessário escovar as gengivas, e escovas duras, além de machucar a gengiva, podem desgastar os dentes, provocando sensibilidade devido à retração gengival, o que pode afetar também a estética do sorriso.
As escovas elétricas são as mais indicadas para pacientes que tenham algum tipo de dificuldade motora para fazer o uso da escova comum, e especialmente para pacientes especiais ou geriátricos que tenham alto risco de cáries radiculares ou à doença periodontal. O uso da escova elétrica nesses casos serve de estímulo para que o paciente mantenha sua saúde bucal mesmo tendo dificuldades motoras. Quando forem indicadas, é importante salientar que as escovas tenham movimento elíptico durante o seu uso.
Para pessoas com doença periodontal, que é uma infecção grave das gengivas que pode causar a perda dos dentes pela destruição dos ossos, indica-se o uso de escovas com cerdas extra-macias do tipo tufo, para que o paciente escove dente a dente, e , faça uso também de escovas interdentais nos locais de pontos de contatos entre os dentes, fazendo desta maneira, uma remoção mais eficiente da placa bacteriana.
As escovas interdentais, tem sido utilizadas para limpeza de próteses fixas e também no caso de doentes periodontais que perderam a papila que fica no meio dos dentes. Para as pessoas que não possuem doença periodontal, a escova interdental poderá forçar a gengiva e provocar uma lesão traumática; para estes indivíduos, o uso do fio dental é mais aconselhável.
Pessoas portadoras de próteses parciais ou totais (dentaduras) também devem manter a higiene em dia. Atualmente existem no mercado algumas escovas específicas para escovar estas próteses. Elas são maiores que as escovas de dentes comuns, têm cerdas duras e um desenho que é adequado ao formato da prótese. Caso não se encontre estas escovas específicas, pode-se fazer uso de uma escova dental dura.
Aliada ao creme dental, a escova elimina a placa bacteriana e as sujeiras que ficam escondidas nos dentes, evitando cáries e outras doenças contagiosas que atingem nossa boca, como a herpes, afta e inflamações na gengiva. Para se ter uma ideia do estrago, as bactérias se multiplicam 250 vezes, em 24 horas sem escovação. Então, embora todos saibam de sua importância na hora de fazer a higienização dos dentes, poucos conhecem os cuidados que devem ser tomados para que ela não acabe se transformando em uma inimiga da boca ao se tornar um agente transmissor de doenças.
Basta uma escova mal cuidada para que a saúde do corpo inteiro fique ameaçada. Como a maioria das pessoas não sabe higienizá-las , a escova pode virar um depósito de bactérias e transmitir doenças infecciosas graves desencadeados por esses micro-organismos, como pneumonia e até hepatite.
Indivíduos com o sistema imunológico debilitado, doenças respiratórias ou outras doenças infecciosas devem mudar suas escovas no início da doença e outra vez quando estiverem curadas, assim como, pacientes que estão se recuperando de grande cirurgias, devem substituir suas escovas uma vez por semana, o que irá diminuir a susceptibilidade a infecções.
Cuidados que você deve ter com sua escova...
1) Trocar a escova a cada 2 meses de uso
2) Substituí-la após um resfriado ou doença
3) Quando as cerdas perderem a forma
4) Não guardar todas as escovas de dentes da casa juntas para evitar infecção cruzada
5) Não guardar e escova em armários com a porta fechada.
6) Não usar a capa protetora da escova enquanto estiver em casa pois o ambiente da capa favorece a umidade e por consequência a proliferação de bactérias e fungos.
7) Batê-la no cantinho da pia para tirar o excesso de água. Não é para secar com a toalha ou papel.
8)Borrifar Clorexidina um antibactericida doméstico, indicado para a desinfecção da escova. Retire o excesso batendo no cantinho da pia.
9) Não secar a escova na toalha. A toalha é usada para secar o corpo e pode estar cheia de bactérias, que contaminarão sua escova. Usar papel também não é uma opção, já que ele também fica exposto às bactérias presentes no banheiro, portanto, pode contaminar a escova
10) Não lavar a escova com água quente, pois isso diminui a vida útil das cerdas.
11) Jamais usar desinfetante doméstico ou produtos similares para limpar sua escova, pois podem causar intoxicação
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